Projeto do Centro Pastoral da Paróquia Nossa Senhora das Dores de Rajada

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terça-feira, 3 de julho de 2012

Bispo de Juazeiro explica que padre candidato a vice na chapa de Josimara, em Dormentes, deve seguir normas.


Em nota divulgada à imprensa, o bispo da Diocese de Juazeiro, Dom José Geraldo (foto), esclarece sobre a situação do padre Josevan José de Macedo, que pediu licença canônica do exercício de sua funções na cidade para ingressar na política.
Natural de Dormentes (PE), padre Josevan é o candidato a vice na chapa majoritária de Josimara Cavalcanti (PTB) na cidade. Segundo Dom José Geraldo, a igreja não impede nenhum religioso de seguir na vida pública, mas impõe condições quanto a suas atividades clericais. 
Confiram o que explica o bispo de Juazeiro:
Padre na Política
Achamos por bem tornar público, em nota à imprensa que, mediante pedido formal entregue pessoalmente, protocolado e deferido pela Cúria Diocesana, o Padre Josevan José de Macedo, que até o dia 21 de junho/12 era Pároco de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Juazeiro (BA), pediu licença canônica do exercício das funções sacerdotais para um tempo de reflexão e para concorrer a uma vaga nas próximas eleições municipais.
Nesse contexto é válido declarar que a Igreja Católica não é contra a participação na vida política por parte de um padre, diácono, religiosa, religioso ou qualquer fiel leigo. No entanto, para que um padre, religioso ou religiosa ingresse partidariamente na vida política, deve antes pedir ao Bispo ou ao Superior religioso a licença canônica. Sendo assim, essa pessoa, a partir do deferimento dessa dispensa, agirá por conta própria. Sua posição, ações, decisões, afirmações e qualquer outra prática serão de inteira responsabilidade pessoal.
O mínimo que a Igreja recomenda é que sejam coerentes, corretos, éticos, responsáveis, sérios e mereçam cada voto que cada eleitor a eles confiar, em razão de conhecer sua vida enquanto padre, religioso ou religiosa. A vida política é vista pela Igreja como saudável, desde que corresponda à luta pelo bem comum, pela dignidade humana e pela gestão da coisa pública com transparência e verdade, como exige uma democracia.
A Igreja Católica Apostólica Romana tem se interessado sempre pela vida política e buscado um diálogo saudável para o bem das pessoas. Por isso, não permite a nenhum padre utilizar-se do altar, do púlpito, da pregação e de nenhuma outra forma de ação religiosa, enquanto padre, para atacar, difamar nem criticar partido ou político nenhum. Igreja é lugar de oração, de fé e de crescimento espiritual. Ademais, na democracia, os partidos e os candidatos têm o direito de apresentar suas propostas de governo e suas intenções, e os eleitores livremente, católicos ou não, devem escolher seus candidatos.
Acreditamos, inclusive, que quem votar num determinado candidato apenas porque ele é padre, religioso ou religiosa, estará agindo condicionado apenas por uma imagem externa, o que não é suficiente. O eleitor deve procurar conhecer seus candidatos, por suas ações, por sua coerência.
O Pe. Josevan, portanto, encontra-se dispensado das funções de padre para ingressar na vida política como quiser. Nessa situação de dispensa não pode celebrar nenhum sacramento, inclusive a Santa Missa. Não pode administrar nem responder por nenhuma Paróquia. Não se vestir, nem se apresentar publicamente com vestes clericais. Estará livre do compromisso que um dia assumiu com a Igreja para buscar seus interesses pessoais na vida política.
Juazeiro, 02 de julho de 2012
Dom José Geraldo da Cruz/Bispo Diocesano de Juazeiro (BA) 
Fonte: carlosbritto.com

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